quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A cura.

Gosto tanto de você que dói.
Dói porque quando te vejo triste
quero te levantar
e quando você está feliz
quero você,
mas não,
prometi e vou fazer.

E quando estou longe te quero perto
e quando perto me sinto longe.
E quando eu tento dizer adeus,
eu volto,
e quando você se perde
eu te busco.

Eu não sumo,
eu sei que sou uma memória,
é o que eu posso ser.
E quando te disser
que quero ir embora, meu bem,
não é para virar as costas,
nem te dar sorrisos partidos.

E se minha atenção for falha
ou meu carinho faltar,
é porque meu bem,
não estou lá.

É para não morrer no meu conflito,
e não te perder dentro de mim.
Não me olhe com tristeza,
não me olhe com raiva,
me dá compaixão.

Mas se no meio do conflito
eu me perder,
ou se meu corpo não se mexer,
me busca, meu bem,
prometi a você
que não ia te esquecer.

E me cura, meu bem,
cura o mundo,
cure você.
Mas se um dia,
você não souber o que fazer,
sorria como eu pedi a você.
Se lembre de tudo que é bom
e seu rosto vai se desenhar
em contornos vagarosos e luminosos.

E no fim,
seu sorriso
vai curar o mundo.

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