Eu fiz uma casa
há muito tempo.
Desenhei seus alicerces,
bombeei cimento.
Fiz uma casa
de 4 cantos,
de 4 ângulos,
há muitos anos.
Mobiliei as salas,
preenchi os cômodos:
vozes e silêncio,
pensamentos crônicos.
Pintei as paredes,
aliviei-as da sede.
Desenhei-as em olhares,
sonhei-as na rede.
Eu fiz uma casa
em 4 rimas,
4 alicerces
e 4 sinas.
quinta-feira, 30 de março de 2017
terça-feira, 28 de março de 2017
Maelstrom
Posso te contar a verdade?
Derramar e apertar,
amargurar a vontade.
Meu peito é cheio de dúvida.
Lembranças, amarguras.
Apagões no peito,
busco em você a cura.
Eu jamais confiarei em meu reflexo.
Semente do passado,
espelho convexo.
Não existem rimas.
Somente o acaso,
existências primas.
Uma mentira imprecisa,
a violência e o romance do encontro.
O apagar da partida.
O impacto da colisão.
Desfigurar o ser.
Eu me recuso a ser "não".
Derramar e apertar,
amargurar a vontade.
Meu peito é cheio de dúvida.
Lembranças, amarguras.
Apagões no peito,
busco em você a cura.
Eu jamais confiarei em meu reflexo.
Semente do passado,
espelho convexo.
Não existem rimas.
Somente o acaso,
existências primas.
Uma mentira imprecisa,
a violência e o romance do encontro.
O apagar da partida.
O impacto da colisão.
Desfigurar o ser.
Eu me recuso a ser "não".
Uma luz
Objetos sem luz própria
são objetos de sombra.
É o destino do homem,
tabula rasa,
ser complementado por luz.
Iluminado.
Confrontado.
Harmonizado.
De pé sob o firmamento
somos seres sem brilho.
Iluminados por estrelas,
toda vida reluz.
Vamos brilhar um no outro,
refletir estrelas,
adquirir brilhos.
Mãos dadas,
olhos fixados,
corpo e alma.
Somos coisas iluminadas,
seres de luz e sombra.
Conflito e equilíbrio.
Liberdade e martírio.
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