Prédios de traços finos,
silêncio absoluto.
Em algum canto remoto,
Cronos sonha com a noite.
As palavras não vivem aqui,
viram pó antes de chegar.
Para onde ir?
O que fazer?
Há tempo antes da noite acabar?
Esses nossos planos...
pairando em sonhos lúcidos.
O tempo definha
em nossos devaneios.
Não há futuro,
nem passado.
Enquanto a lua é engolida
assistimos a morte do tempo.
O sonho se esvai,
o tempo morre.
Cronos sonha com a noite.
Enquanto ele dormia
nós assistimos o tempo nascer de novo.