segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Nulo.

Eu sou o escritor do vazio. Sou o escritor do eco. Escrevo sobre a imagem, o espelho e o reflexo. Porque o vazio é infinito, assim como a tinta que vaza da alma. Porque o vazio é branco, assim como uma folha. Porque o vazio não tem espaço nem tempo. Porque o vazio é nada, podendo ser tudo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Porque ultimamente as palavras não tem feito muito sentido. Porque ultimamente tenho resolvido tudo de maneira errada. Porque ultimamente a trilha tem ficado mais estreita, os passos mais curtos e a estrada mais perigosa. Porque ultimamente o peito cresce e encolhe frente à sensação de liberdade. Porque ultimamente tem sido uma questão de prosseguir, sem regredir. Porque ultimamente, arrependimento, é substituído por redenção.
Porque ultimamente, as respostas são perguntas.

domingo, 8 de agosto de 2010

Desejo.

Porque hoje,
resolvi que quero você
Quero tua boca,
lábios unidos, língua entrelaçada,
hálito de desejo.
Te quero hoje e quem sabe,
amanhã.

Quero teu cabelo,
minha mão na sua nuca,
sopro quente que arrepia,
calor que toma conta do corpo.
Quero acordar
e sentir seu cheiro no travesseiro.

Quero seu corpo todo,
suas pernas, seus braços,
seu rosto, seus olhos.
Quero te moldar em mim.

Te quero hoje e quem sabe,
amanhã.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

42

Dizem que quando uma borboleta bate as asas na América Central o efeito desse movimento, resultaria em uma alteração climática no Brasil. Existem laços mais fortes do que sangue, ligando a borboleta a tudo. Existem tantas possíveis conexões ao nosso redor, cada uma é um resultado das ações que fazemos. Você alguma vez já perdeu o sono ao pensar que um mínimo movimento pode mudar vidas?
Já pensou que até mesmo um suspiro, em determinada ocasião, resultaria em milhares de reações em cadeia? Um piscar, um olhar, um falar. Nossa vida é algo parecido com várias fileiras de dominós, você simplesmente decide qual derrubar. É uma responsabilidade imensa, seria até fútil reclamar de qualquer outro tipo de responsabilidade se a compararmos com isso.
Isso é tão visível às vezes. Estamos todos rodeados dos nossos resultados, nossas conexões e nós também somos as conexões de outras pessoas. Somos uma via de mão-dupla.
Pense, repense, imagine cada resultado em suas mínimas proporções, imagine a variedade de possibilidades... não, não pense, você iria enlouquecer. Só esteja ciente do seu peso no mundo, ninguém é tão insignificante quando aparenta ser, pequenas ações podem gerar grandes mudanças.
Quando a borboleta voar na sua frente, é sinal de algo que vai mudar. São grandes fileiras de dominós, escolha a sua.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alcançando as nuvens.

Me deixa alto,
me dá vontade
de fazer de novo.

Me faz suspirar,
me encher de fôlego
para liberar uma
enxurrada de sentimentos,
de palavras doces.

Me encanta,
é um mistério
que me prende,
me enlaça
e ao mesmo tempo,
liberta.

É algo
que eu vou fazer
de novo e de novo.
Inúmeras e incontáveis vezes.

Vou me apaixonar por você,
cada semana,
cada dia,
cada hora,
cada minuto,
cada segundo.
Isso me deixa alto.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mudaradaptarser.

As pessoas mudam, acredite. Para mal ou para pior. As pessoas mudam para não sofrer, para evoluir. Às vezes elas mudam tanto por tão pouco. É natural, é do ser humano, mudar é uma forma de procurar respostas. Mudar compreende elaborar várias fórmulas para o resultado desejado. Mudar é trocar de pele, sofrer metamorfose, progredir, regredir. Mudar é vital.
Eu resolvi que ia mudar várias vezes, resolvi que ia criar uma casca, depois resolvi que ia me fechar dentro dela. Resolvi que ia lentamente sair, aí então, voltei rapidamente, não era seguro, a mudança não estava completa. Eu mudei, eu colhi a minha mudança, e como um plantio devastado por uma praga, percebi que algo não estava certo. Era necessário mudar de novo. Mas então eu resolvi desistir porque estava cansado. Cansado das várias frustrações, do alto preço que paguei pelos meus erros. Meus cálculos estavam errados, minhas fórmulas não funcionavam. Eu tentava desesperadamente abandonar a minha essência, moldar um novo caráter, ser um novo "eu". Foi então que eu descobri porque não dava certo.
Os meios estavam errados, os meios me desvirtuaram, tentaram sugar minha essência. Exatamente ela, a única coisa da qual eu não posso fugir. Eu sou o que sou e nada pode mudar isso. Os outros meios iriam me enganar, porque não correspondiam a verdadeira forma que eu penso. Eles poderiam sustentar progressos mentirosos, mas a ficha iria cair e ela caiu.
Agora eu aceito minha essência, agora eu me sinto pronto para mudar. A essência é bruta, ela pode ser lapidada e moldada conforme necessário, mas o centro dela é intocável. Você é o que é e nada pode mudar isso, mas você pode se adaptar, o principal continuará intacto.

domingo, 31 de janeiro de 2010

A lot like love.

(22:38) - Bruna W:
Meu sorriso tem seu seu nome.
como é possivel gaguejar no msn?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Guardado.

Resolvi que ia guardar algumas palavras para você. Estava saboreando o gosto delas na minha boca, fiquei imaginando qual seria a sua reação quando você as lesse. São só algumas palavras que guardei para você. Na verdade acho que não são palavras. Não. Eu guardei uma expressão pra você. Acho que mais forte que um susto, mais branda que um suspiro, é uma expressão intensa. Não sei bem de onde parte, acho que daquilo que a gente chama de alma. Não sei bem o seu nome verdadeiro, acho que é aquilo que a gente chama de amor. Gostaria de nomear a expressão, mas acho que não consigo, mesmo assim, acho que você compreende, eu sei que também vai saboreá-la, mais do que eu até. Se for amor o nome, então que seja. A minha expressão por você é amor. Mais forte que um susto, mais branda que um suspiro, mas tão intensa como a alma.



"Bruna S (Só o Lu.) diz:
*TEM QUE DIZER QUE FOI PRA MIMMMMMM
*SOU SUA MUSA
*INSPIRADORA"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Costumava ser.

Costumava olhar intensamente
a chuva.
Ociosamente caindo,
se multiplicando em gotas.
Molhando seu corpo e rosto
e escorrendo pelos poros.
Olhava intensamente a chuva cair.

Costumava respirar intensamente
Puxando o ar para seus pulmões,
contraindo e relaxando.
Inspirando e exalando,
em um tempo metódico,
rítmico e perfeito.
Respirava intensamente o ar, vital.

E por não menos,
vivia intensamente.
Costumava respirar,
olhar a chuva.
Costumava pensar,
observar o mundo à sua volta.

Segundo ele:
Costumava existir.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

De volta.

Com o tempo passa
E com o tempo passava.
Mas depois do tempo tanto passar
O "remédio" do tempo
Já não funcionava mais.

O que parecia ter se acomodado,
lado a lado com o coração
ia esfolando ele aos poucos.
Sugando a alma.
Chacinando o ser.
Sangrando em choro.

E o tempo virou cômodo.
O cômodo virou incômodo.
E o que tempo levava,
Com o tempo voltava.