segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Das estações, das borboletas e das sementes.

Se repararmos, talvez possamos chegar a conclusão de que somos como as estações. Somos como o verão, repletos de energia, prontos para mudanças, nossa alma irradia nossa vontade de ser. Somos como o Outono, começamos a desfolhar, a mudar, a sofrer uma metamorfose para o que virá depois. Somos como o Inverno, por um período ficamos estagnados espiritualmente e mentalmente, ficamos buscando as respostas que irão nos encaminhar para a etapa final do ciclo. E finalmente, somos como a Primavera, brotamos novamente, renovamos nossa alma, redobramos nossa vontade de ser. Se repararmos, somos como as estações.
Se repararmos talvez possamos chegar a conclusão de que somos como as borboletas. Somos indefesos, puros, desconhecidos da vida que nos cerca, enquanto somos pequenas larvas. Somos fechados e perplexos, tentando satisfazer nossa sede de ser, mudando. E então somos borboletas, voamos livremente, existimos em contato com o todo, nós somos! Se repararmos, somos como as borboletas.
Se repararmos, talvez possamos chegar a conclusão de que somos como sementes. Escondemo-nos no fundo, buscando abrigo, acolhimento, temendo o que acontecerá quando esticarmos nosso pequeno caule para fora, mas no fundo, queremos estar lá, queremos saber tudo o que há nessa vida. E então nós florescemos, nos tornamos imensas árvores, recheadas de sabedoria, de vida que corre por nós como seiva.
Se repararmos, talvez possamos chegar a conclusão de que somos o todo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um só.

Dance, gire, flutue.
Tua sombra se une a minha,
é puro êxtase em forma de amor.
Somos nós, somos um.

Chore, grite, se desespere.
Tuas mãos já não me acariciam,
é puro caos em forma de desolação.
Éramos nós, éramos um.

E no final,
o que nos resta é a vida.
O que sobrou do que fomos, se dissipou
E seja o que for,
viramos nada em fronte a dor,
para deixar de ser amor.