sábado, 28 de maio de 2011

Conjuntos.

Existe uma fome desconhecida,
uma sede profunda.
Existe um não dizer silencioso,
permeado de vontade alarmante.

Vontade de te dizer num beijo,
que quero te dar uma palavra.
Vontade de expressar com silêncio,
um desejo estrondoso.
Mas não há palavra que caiba amor,
não há gesto que represente amor.

Pois não cabe amor em palavra alguma,
não cabe amor dentro de mim,
não cabe amor dentro de você.
Cabe amor no infinito, infinito no amor.
Cabe nós dois dentro do infinito,
dentro do amor.

E eis que somos elementos
dentro do conjunto,
somos infinito,
somos amor.