sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Eu escolhi este lugar dentre todos os outros

Um dia eu escolhi não acreditar no destino
ou, pelo menos, desacreditá-lo em partes.
Sentia que o destino queria ditar as regras,
controlar todos os detalhes,
mapear todas as rotas.
O destino queria dizer:
"Tudo é como deveria/deve/deverá ser"
Lá vai ele, falando de "deveres".

Aquilo que não prevemos
e que acontece de maneira inexorável,
resolvemos chamar de destino.
Se é ruim,
o chamamos de cruel.
Se é bom não chamamos de destino,
dizemos que é benção.
Algumas vezes, para tirar seu peso,
chamamos de casualidade, acaso.

E é difícil desacreditá-lo
quando nos primeiros momentos juntos
você completava as minhas frases
e eu as suas.
Quando você me encontrava com seus olhos
no exato momento em que eu buscava os seus.
E quando meu peito transbordava de você
o seu peito transbordava de mim.

Talvez o destino não demande nada.
Não obrigue. Não peça. Não imponha.
Talvez ele nem queira ser chamado assim.
Ele simplesmente existe.
Um infinito de possibilidades e encontros.

Talvez seja isso,
o destino não me obrigou a nada.
O destino possibilitou que eu vivesse
e escolhesse o que quisesse.

Ele me permitiu ver você.
Ele me permitiu beijar você.
Ele me permitiu me apaixonar por você.
Ele me permitiu amar você.
Em todas as instâncias, escolher você.

O destino talvez seja um grande amigo.