sábado, 27 de dezembro de 2014

Ghost Stories

Em meus devaneios sobre o passado, percebi algo importante. Sou tão inconstante que beiro ser a personificação da palavra "transitório". De todas as lembranças e vivências, das pessoas por quem passei, das pessoas com as quais conjuguei o verbo "viver", das que amei, odiei, ignorei, parece que transitei tal como fantasma. E por um momento me questionei se isso não era recair em esquecimento, no abismo para o qual a história bane os perdedores. Parece, porém, que prefiro viver longe dos olhos do mundo. Prefiro viver dentro dos corações e mentes, sussurrado em lembranças de épocas distantes, de juventudes passadas ou incompletas. Prefiro ser esse fantasma, essa pessoa que passa e some repentinamente com o vento. Somente para ser lembrado quase como que uma lenda urbana. Por décadas a fio assombrando os paradoxos existenciais, existindo em tudo e todos.

Fantasmas são eternos.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Conjugar o pretérito imperfeito.

O passado é uma armadilha gloriosa, triste, feliz, impossível, paradoxal. O passado é um vício. O passado, com certeza, é um droga pior que heroína.