segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Pausa

A minha vontade de viver não respeita
a minha necessidade de sofrer.

Ser esmagado pela própria força,
o desejo desesperado de ser.
Este coração sangra,
despeja em litros,
há sede.

Mas estes pés andam,
a despeito do cansaço.
E estas mãos agarram
o próprio ar.

Há tanta vontade,
tanto desejo,
tanto tempo.

Tempo de sofrer,
tempo de querer.
Tempo para cessar.

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