É delicado e violento
Demanda cuidado,
mas precisa ser livre.
Não adiantar tentar dominá-lo,
é melhor deixarmos que vá.
Podemos sofrer ansiosamente
a sua ausência,
a incerteza de sua volta.
Ou podemos admirá-lo correr,
felizes em vê-lo andar solto,
tranquilos da sua natureza.
O amor não se dá,
não se toma,
ele galopa e adentra sem pedir.
E se ele vai embora
ou se parte em mil pedaços,
ele deixa sempre ao menos um fragmento.
Prova de que existiu aqui
um animal selvagem,
forte e frágil ao mesmo tempo,
mas sobretudo livre.
O amor é um cavalo de vidro
e eu consigo te ver através dele.
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