cheiro de partida.
E não sinto mais medo,
ou culpa, ou vergonha.
Quero fingir que acredito
não saber quem eu sou.
Quero estar nesse lugar,
onde ninguém me conhece,
onde não conheço ninguém
e finjo que me desconheço também.
Na verdade pouco me importa,
ninguém ou alguém.
Quero que a minha partida
seja só minha.
E se não me conhecem, tudo bem.
Eu me conheço
e a cada dia me conheço mais
na medida do meu próprio desconhecimento.
Ser desconhecido no desconhecido.
Ser conhecido a cada parte desconhecida.
Eu vou e só sei que vou.
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