se eu ainda guardar algo.
Minha memória não se apaga
e sobrescreve o esquecimento,
não permite que ele venha habitar
ao lado de coisas tão preciosas.
Eu espero que você me perdoe,
se por acaso abrir este baú.
Pois dentro dele há fotos em movimento,
palavras escritas sendo recitadas,
tecidos cujo tato remete a toques conhecidos e desconhecidos pela distância e tempo,
sons das vozes de choro, alegria e prazer que ecoam ao vento.
Eu espero que você me perdoe,
se me ver ao lado deste baú,
ainda zelando por ele.
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